sexta-feira, 18 de maio de 2012

SOFTWARES MATEMÁTICOS

     Há uns 2 anos, tenho utilizado com frequência dois softwares matemáticos gratuitos, para incrementar as minhas aulas e isso tem surtido resultados bastante positivos. São eles: WinPlot e GeoGebra.

1 - WinPlot:
  • Onde baixarhttp://www.baixaki.com.br/download/winplot.htm
  • Descrição: é um programa para gerar gráficos de 2 e 3 dimensões a partir de funções ou equações matemáticas. Os menus do sistema são simples, sendo que existe uma opção Ajuda em todas as partes.
          Na janela principal pode-se encontrar as opções Adivinhar, que é um jogo para que você tente descobrir qual é a função de que o gráfico faz parte. Para obter a resposta do programa, basta apertar a tecla F5. Mostra um Mapeador, que transforma a janela em dois planos, para que você possa trabalhar com domínios e contradomínios.
       O WinPlot apresenta uma quantidade grande de ferramentas para que o aluno trabalhe com funções de duas dimensões, com a possibilidade de encontrar raízes, realizar combinações entre funções, rotações, comprimentos de arco, cálculo de volume e área, animação, etc.
         A opção de três dimensões apresenta ferramentas para integração, animação, dividir superfícies, combinar superfícies, entre outras. De ambas as dimensões, há a possibilidade de criar gráficos de equações explícitas, paramétricas, implícitas, cilíndricas e esféricas, bem como gerar tubos e curvas.
         Esta ferramenta ainda lhe oferece a possibilidade de criar órbitas planetárias para realizar cálculos de objetos no espaço. Todos os gráficos podem ser personalizados, com alteração de cores de fundo, fontes, tabelas etc. WinPlot é um programa completo e totalmente em português que facilita a vida de alunos, visto que é uma ferramenta educ
    acional simples de utilizar.
  • Minha opinião: o programa é leve e de fácil manuseio, sendo útil nas aulas sobre gráficos de funções polinomiais de 1º, 2º e 3º graus e, portanto, sua aplicação é indicada para turmas do 7º ao 9º Ano do Ensino Fundamental II e do 1º ao 3º Ano do Ensino Médio.
  • Exemplo de atividade desenvolvida
1) Faça o gráfico da função y = x² - 4 na cor vermelha. Encontre os zeros e os extremos de f(x) e marque no gráfico estes pontos. 
Procedimentos: a) abra o programa; b)  janela/2-dim; c) equação/explícita/ digite x^2-4/cor/vermelha/ok; d) ver/grade/retangular/aplicar/fechar; e) um/zeros/marcar ponto/próximo/marcar ponto/fechar; f) equação/ponto/0 e -4/sólido/ok; g) equação/ocultar/mostrar tudo/equações.
2) Resolva a equação: (x + 2)² (x + 4)²
Procedimentos: a) abra o programa; b) janela/2-dim; c) equação/explícita/ digite (x+2)^2/ok; d) equação/explícita/digite (x+4)^2/ok; e) ver/ver/cantos/-7, 2, -2 e 5/aplicar/fechar;                             f) dois/interseções/marcar ponto/fechar; g) ver/grade/retangular/aplicar/fechar; h) equação/ocultar/mostrar tudo/equações.

3) Resolva a inequação: (x + 2)² ³ (x + 4)²
Procedimentos: Pelo desenho do problema anterior, vemos que a curva da função y=(x+2)² é maior que a curva da função y=(x+4)² para x £ - 3. Logo, o conjunto solução é S = {x ÎÂ/£ - 3}
2 - GeoGebra:
  • Descriçãoé um programa de matemática dinâmica, feito com o intuito de ser utilizado em sala de aula, o qual junta aritmética, álgebra, geometria e cálculo. O GeoGebra possibilita o desenho de pontos, vetores, segmentos, linhas e funções, e ainda, a alteração dinâmica deles, assim que terminados. Com o GeoGebra também é possível inserir equações e coordenadas diretamente nos gráficos. Além disso, ele consegue lidar com variáveis de números, vetores e pontos, achar derivadas, integrais de funções e, até mesmo, oferece diversos comandos para a resolução de contas. Apesar de possuir uma instalação repleta de passos, é fácil de usar (até porque ele está em português). Basicamente, para usá-lo, é necessário encontrar uma opção adequada para o tipo de conta a ser feito (ao clicar em um quadrado, mais opções aparecem), a qual pode estar tanto no menu “Exibir” quanto em “Opções”. Além disso, na parte inferior da janela do programa é possível encontrar um campo de inserção de números, assim como o de números / caracteres especiais e comandos. Leia mais em: http://www.baixaki.com.br/download/geogebra.htm#ixzz1vBMetGrx
  • Minha opiniãoo programa é um pouco complicado no início mas com a prática, ele se torna um forte aliado nas aulas sobre polígonos. Por isso pode ser utilizado com alunos de todo o Ensino Fundamental II e Médio.
  • Exemplo de atividade desenvolvida
1) Construa um círculo de centro (-2, -3) e raio 3. Calcule a área deste círculo e o comprimento da círculo.
Procedimentos: a) abra o programa; b) exibir/malha; c) clique no último ícone e segurando o botão esquerdo do mouse, arraste os eixos; d) clique no ícone da circunferência (6º ícone) e selecione Círculo dados Centro e Raio; e) com auxílio da malha clique no ponto (-2, -3) e na janela que se abrirá, digite 3; f) clique no 8º ícone/área/clique na circunferência; g) clique novamente no 8º ícone/distância, comprimento ou perímetro/clique na circunferência.

2) Construa duas retas paralela entre si. Construa uma concorrente a essas duas. Meça o ângulos formado na intersecção delas.
Procedimentos: a) abra o programa; b) selecione 2º ícone e marque 3 pontos; c) selecione o 3º ícone/Reta definida por dois pontos/clique em 2 dos pontos marcados; d) selecione o 4º ícone/Reta paralela/clique na reta traçada e em seguida, no terceiro ponto; e) selecione o 3º ícone/Semirreta definida por dois pontos/clique em dois pontos de retas diferentes; f)selecione o 8º ícone/ângulo/clique em duas retas.

3) Construa um ângulo de 60° utilizando a ferramenta ângulo com amplitude fixa. Determine sua bissetriz.
Procedimentos: a) abra o programa; b) selecione o 3º ícone/segmento definido por dois pontos/marque o segmento na malha; c) selecione o 8º ícone/ângulo com amplitude fixa/clique na reta construída e na janela que se abrirá, digite 60 e selecione º e o sentido anti-horário; d) selecione o 3º ícone/segmento definido por dois pontos/marque o segmento entre o vértice e o ponto que apareceu; e) selecione o 4º ícone/bissetriz/clique nas duas retas.

Fica a dica...











quarta-feira, 16 de maio de 2012

MEMORIAL ACADÊMICO

     Elaborar um memorial descritivo é reorganizar a própria existência. Segundo Moraes (1992), “Memorial é um retrato crítico do indivíduo, visto por múltiplas facetas através dos tempos, o qual possibilita inferências de suas capacidades”. Assim, para reconstituir minha trajetória, busquei registrar os fatos mais relevantes na minha vida acadêmica e pessoal, os quais possibilitaram a construção da minha vida profissional.

O início: construindo um sonho
     Nasci no ano de 1975, na cidade de Itabuna, microrregião cacaueira, localizada a 429 km de Salvador, capital Baiana. Sou a segunda filha de uma família de três irmãos, meu pai, aposentado do Banco do Brasil e minha mãe, dona de casa.
    A influência de meus pais em minha vida estudantil sempre foi muito notável, a coisa que eles mais exigiam era uma boa formação profissional. Desde cedo fui aprendendo que o estudo é a melhor herança que eles podiam me dar. Minha vida escolar teve início em Itabuna, na Escola Branca de Neve, particular, onde cursei até a 1ª série do Ensino Fundamental I. Então, nos mudamos para Belmonte, e conclui o Ensino Fundamental I na Escola Estadual Anísio Teixeira. Nesta escola, fui adiantada no meio do ano letivo de 1985 da 3ª para a 4ª Série devido à deficiência no ensino da cidade. A 5ª série e 6ª série foram cursadas na Escola Polivalente de Belmonte. Daí, retornamos para Itabuna e estudei até 1993, no Colégio Divina Providência, uma das escolas particulares mais tradicionais da cidade. Neste retorno, tive que repetir a 8ª série para construir uma boa base para cursar o Ensino Médio. Para concluir o Ensino Médio, em 1993, fui transferida para o Colégio Gama, também particular, conhecido na época como o melhor curso preparatório para o vestibular.

O primeiro passo: a concretização
    Minha vida acadêmica começa no ano de 1997 quando passei no vestibular para Agronomia na Universidade Estadual de Santa Cruz (UESC). Realizei meu sonho de entrar numa faculdade estadual, em um curso amplo que tinha como carro chefe as disciplinas que mais me interessavam: Química, Biologia, Matemática e Física. Além disso, tive a oportunidade de continuar morando na casa de meus pais sem a necessidade de precisar trabalhar para me manter.
      O meu primeiro ano de faculdade foi marcado pelas descobertas de como a universidade podia ampliar meus horizontes em todos os sentidos e entrei numa nova fase da minha vida em que percebi a importância daquilo que meus pais sempre cobraram de mim. A partir deste momento, me descobri uma ótima estudante e passei a ser considerada uma das melhores alunas do curso.
     Os semestres foram passando e fui contratada pela UESC para ser monitora da disciplina Química e Fertilidade do Solo durante dois anos do curso e tive a oportunidade de trabalhar no Laboratório de Química do Solo. Dai tive vontade de cursar uma Licenciatura em Matemática ou Química porque a esta altura, me apaixonei pela arte de ensinar. Mas, ao mesmo tempo, o curso de Agronomia me fornecia um leque muito amplo de oportunidades de emprego e ocupava muito o meu tempo já que era diurno (matutino e vespertino).
      Participei de muitos congressos e seminários dentro e fora da Bahia e conheci alguns estados brasileiros nestes anos de formação, dentre eles, Minas Gerais e Distrito Federal. Tive o prazer de conhecer diferentes Universidades e isto dava cada vez mais incentivo a prosseguir no meu curso. O meu objetivo era ser pesquisadora e as áreas que mais me encantavam eram as de Fisiologia Vegetal, Química e Fertilidade do Solo, Irrigação e Microbiologia. Tinha verdadeira adoração por pesquisa e por isso, escolhi fazer o Estágio Supervisionado na EMBRAPA de Planaltina, Distrito Federal. Passei um mês em Brasília, na casa de meus tios, para concluir esta última etapa da minha formação acadêmica. O meu estágio, na área da Fertilidade do Solo, foi sobre o efeito da sequência de cultivos em plantio direto nos cerrados na produtividade do algodoeiro herbáceo. Infelizmente, o meu estágio não foi tão bom quanto deveria. Não tive oportunidade de viver o dia a dia da prática de um agrônomo e, por isso, me decepcionei muito com o curso. Por outro lado, o meu orientador da UESC, me ajudou de todas as formas possíveis para que eu escrevesse a minha monografia e concluísse o curso no primeiro semestre de 2003.
     Minha formatura, sem colação de grau, foi realizada no dia 20 de agosto de 2003, no auditório da Torre Administrativa da UESC, onde tive a honra de realizar o sonho que no início era apenas de meus pais e que eu agarrei com todas as minhas forças. Confesso que sentir nos olhos de meus pais o orgulho de um dever cumprido foi uma das mais emocionantes sensações que eu experimentei na minha vida.

Procurando o meu caminho: tentativas e escolhas
     Neste mesmo ano, fui aprovada no concurso do Banco do Brasil e, apesar de não ter sido efetivada, passei a confiar mais em mim mesma.
    Em 2005, me mudei para a cidade de Mundo Novo, onde fui contratada para ser professora de Química, Biologia e Matemática no Centro Educacional Santo Agostinho, onde continuo até hoje. Neste momento, estava decidida a cursar uma licenciatura para garantir o meu futuro e foi então que no ano de 2008, fiz o vestibular da UAB-UFBA para o curso de Licenciatura em Matemática a Distância e fui aprovada em 1º lugar no Polo de Mundo Novo.

A resposta estava no caminho: o prêmio
     No início de 2011, fui aprovada em primeiro lugar no concurso para professor do Estado da Bahia, pela DIREC 17, Polo 1. Esta aprovação está sendo de grande importância, pois consegui a minha valorização como professora, principalmente pelo fato de ter concorrido com tantos matemáticos formados da região e ter obtido esta colocação. No momento, torço para que dê tempo de concluir este curso e eu possa assumir o lugar conquistado com dedicação, esforço e competência.

Cursos Extracurriculares
     Ainda na infância, em 1986, fiz um curso de datilografia. Naquela época era comum fazer este curso essencial para se conseguir um bom emprego. Em 1996, fiz um curso de informática na Real & Dados Informática que era composto de quatro módulos: Introdução à Microinformática, MS Windows 3.1 – Ambiente operacional, MS Word for Windows 3.1 – processador de texto e MS Excel 5.0 – Planilha eletrônica. No ano 2000, fiz o nível I de um curso de Inglês à Distância da The Language Solution School.
     Em maio de 2006, frequentei o curso Capacitação dos Educadores de Projeto Ensino Sem Fronteiras, promovido pela Secretaria da Educação do Estado da Bahia no Instituto Anísio Teixeira – IAT. Após este curso, trabalhei por seis meses no Umbuzeiro, povoado de Mundo Novo. Entre 2005 e 2010, fui contratada temporariamente para ministrar aulas de Química, Física e Biologia no Colégio Estadual Luiz Eduardo Magalhães e, em 2009, aulas de Matemática na Escola Estadual Antônio Ângelo de Lima.

À procura de mais passos
     Acredito que a Universidade me proporcionou bases sólidas de conhecimentos teóricos e práticos, que tão somente não são suficientes para a formação da profissional que almejo ser. A partir destas é necessário erguer pilares para a construção contínua do aperfeiçoamento do saber, aumentando-o com cursos de atualizações, pós-graduações, estudo pessoal, entre outros. Neste sentido, tenho o Mestrado e o Doutorado como parte do meu projeto de vida, e estou certa de que este curso a distância vem me proporcionando muita disciplina e aprendizado. Esta experiência é única e enriquecedora para o profissional que tem a grande oportunidade de vivenciá-la.

REFERÊNCIAS
  • MORAES, Irany Novah. Memorial: síntese. São Paulo: Universidade de São Paulo, 1991 (Apresentado à Faculdade de Medicina para o Concurso de Professor Titular do Departamento de Cirurgia - Disciplina de Cirurgia Vascular Periférica).
  • SANTOS, Gildenir Carolino. Roteiro para Elaboração de Memorial. Campinas, SP: Graf. FE, 2005.

TEOREMA DE PITÁGORAS


HISTÓRICO

Nascido na ilha de Samos, Grécia, no ano de 570 a.C., Pitágoras, provavelmente, morreu em 497 ou 496 a.C. em Metaponto, região sul da Itália.
Com 18 anos, conhecia e dominava muitos conhecimentos matemáticos e filosóficos da época.
Durante uma de suas visitas ao Egito, impressionado com as pirâmides, desenvolveu o famoso Teorema de Pitágoras, provando que em um triângulo retângulo, a soma dos quadrados dos catetos é igual ao quadrado da hipotenusa.
É responsável pelo desenvolvimento da tábua de multiplicação, do sistema decimal e das proporções aritméticas e, por isso, é considerado um dos grandes construtores da base dos conhecimentos matemáticos, geométricos e filosóficos.

O TEOREMA

O Teorema de Pitágoras é considerado uma das principais descobertas da Matemática, ele descreve uma relação existente no triângulo retângulo, triângulo que apresenta um ângulo reto (90º).
O triângulo retângulo é formado por dois catetos e a hipotenusa, que constitui o maior segmento do triângulo e é localizada oposta ao ângulo reto.

FÓRMULA E COROLÁRIOS

Sendo “a” o comprimento da hipotenusa e “b” e “c” os comprimentos dos outros dois lados, o teorema pode ser expresso como a equação: a² = b² + c²
A manipulação algébrica desta equação mostra que com o conhecimento de quaisquer dois lados do triângulo retângulo, podemos encontrar o comprimento do terceiro lado: b² = a² – c²
Outro corolário do teorema é que c² = a² – b².

DEMONSTRAÇÕES

● Por comparação de áreas:
             
Como b² + a² representa a área do quadrado maior subtraída da soma das áreas dos triângulos retângulos, e c² representa a mesma área, b² + c² = a². Ou seja: num triângulo retângulo o quadrado da hipotenusa é igual à soma dos quadrados dos catetos. O segmento de medida a foi chamado de hipotenusa e os de medida b e c foram chamados de catetos.

●Por semelhança de triângulos:
Sendo ABC um triângulo retângulo, com o ângulo reto localizado em A. O ponto D divide o comprimento da hipotenusa, a, nas partes d e e. O novo triângulo, BAD, é semelhante ao triângulo ABC, pois ambos tem um ângulo reto, e eles compartilham o ângulo B, significando que o terceiro ângulo é o mesmo em ambos os triângulos também. Seguindo-se o mesmo raciocínio, percebe-se que o triângulo ACD também é semelhante à ABC. 
A semelhança de triângulos leva à igualdade das razões dos lados correspondentes: b/a = e/b ou c/a = d/c.
Estas relações são escritas como: b² = a . e e c² = a . d
Somando-se as duas igualdades: b² + c² = a . e + a . d → b² + c² = a. (e + d) → b² + c² = a . a → b² + c² = a²
Teorema de Pitágoras: a² = b² + c²

DEMONSTRAÇÃO ALGÉBRICA
                          


A análise da figura permite computar a área do quadrado construído sobre a hipotenusa de um triângulo retângulo: ela é quatro vezes a área desse triângulo mais a área do quadrado restante, de lado (b−a). Equacionando-se, segue que: c² = 4ab/2 + (b - a)²
Segue que: c² = 2ab + b² – 2ab + a² → c² = b² + a²


EXEMPLO 1:
Calcule o valor do segmento desconhecido no triângulo retângulo a seguir:
a² = 9² + 12²
a² = 81 + 144
a² = 225                                                                                        
a = √225                                                                                                 
a = 15

NÚMEROS IRRACIONAIS

Foi através do Teorema de Pitágoras que os conceitos e as definições de números irracionais começaram a ser introduzidos na Matemática. O primeiro irracional a surgir foi √2, que apareceu ao ser calculada a hipotenusa de um triângulo retângulo com catetos medindo 1. Veja:
a² = 1² + 1²
a² = 1 + 1
a² = 2  
a = √2                                                √2 = 1,414213562373...

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS



                                                                                                                    
                                                                                                   








Semelhança e Congruência de Triângulos

SEMELHANÇA DE TRIÂNGULOS

Dois triângulos são semelhantes quando seus ângulos correspondentes são congruentes e seus lados correspondentes são proporcionais.
Se dois triângulos são semelhantes, não apenas seus lados correspondentes são proporcionais como também quaisquer outros comprimentos correspondentes o são.


RAZÃO DE SEMELHANÇA
A razão de semelhança de dois triângulos é uma medida de proporcionalidade entre eles e é dada por uma constante : d/a = e/b = f/c = k.

EXEMPLO 1:
                                 

             



O triângulo ABC tem como medidas a = 6,32; b = 4,47 e c = 7,21. O triângulo DEF tem medidas d = 3,16; e = 2,24 e f = 3,61. Então, a razão de semelhança entre eles é de:

3,16/6,32 = 2,24/4,47 = 3,61/7,21 = 1/2

1º CASO DE SEMELHANÇA: AAA
Quando dois triângulos apresentam seus três ângulos respectivamente congruentes, eles são ditos semelhantes.
Demonstração
Observando os triângulos ABC e DEF acima, podemos perceber que: α ≈ ζ; β ≈δ; γ≈ε
Então temos que: ∆ ABC ∆ DEF


2º CASO DE SEMELHANÇA: LAL
Quando o ângulo compreendido entre dois lados correspondentes de um triângulo são congruentes, os dois triângulos são ditos semelhantes.





Demonstração:

Observando os triângulos ABC e DEF, podemos perceber que: b/e = c/f = k e α ≈ ζ
Então temos que: ∆ ABC ≈ ∆ DEF


3º CASO DE SEMELHANÇA: LLL
Quando dois triângulos apresentam os três lados correspondentes proporcionais, eles são ditos semelhantes.
 



Demonstração:
Observando os triângulos ABC e DEF, podemos perceber que: d/a = e/b = f/c = k
Então temos que: ∆ ABC ≈ ∆ DEF


CONGRUÊNCIA DE TRIÂNGULOS

Dois triângulos são congruentes quando os lados e os ângulos de um são respectivamente congruentes aos lados e aos ângulos do outro.
Existem condições mínimas para que dois triângulos sejam congruentes. São chamados casos de congruência.



1º CASO DE CONGRUÊNCIA: LLL
Dois triângulos que possuem os três lados respectivamente com medidas congruentes são congruentes.

Demonstração:
Observando os triângulos acima podemos perceber que: a = d; b = e; c = f
Então temos que: ∆ ABC ≈ ∆ DEF


2º CASO DE CONGRUÊNCIA: LAL
Dois triângulos que possuem dois lados com medidas congruentes e o ângulo formado por esses lados respectivamente com medidas congruentes, então são congruentes.
Demonstração:
Observando os triângulos acima podemos perceber que: a = d; c = f; α = ζ
Então temos que: ∆ ABC ≈ ∆ DEF


3º CASO DE CONGRUÊNCIA: ALA
Dois triângulos que possuem um lado e dois ângulos adjacentes a esse lado respectivamente com medidas congruentes, são congruentes.


 





Demonstração:
Observando os triângulos ABC e DEF, podemos perceber que: α = ζ; β = δ; b = e
Então temos que: ∆ ABC ≈ ∆ DEF

4º CASO DE CONGRUÊNCIA: LAA
Dois triângulos que possuem um lado, um ângulo adjacente a esse lado e um ângulo oposto a esse lado respectivamente com medidas congruentes, são congruentes.
 
Demonstração
Observando os triângulos ABC e DEF, podemos perceber que: b = e; α = ζ; γ = ε
Então temos que: ∆ ABC ≈ ∆ DEF

BIBLIOGRAFIA

● BONJORNO, José Roberto. Matemática: fazendo a diferença. 8ª Série / José Roberto Bonjorno, Regina
Azenha Bonjorno, Ayrton Olivares. - 1. ed. - São Paulo: FTD, 2006. - (Coleção fazendo a diferença).













Informática nas escolas


Resumo:
Este artigo apresenta os benefícios do programa de informatização nas escolas brasileiras bem como as consequências desastrosas que este tipo de inovação trouxe para alunos onde o processo não foi bem planejado. Contém ainda informações sobre o Pisa, um exame internacional realizado com o intuito de maximizar a utilização deste recurso.
Palavras-chave: benefícios, consequências, Pisa.

1. Introdução

É evidente que num mundo globalizado como o que vivemos hoje o uso da internet é imprescindível uma vez que a rapidez com que são trocadas as informações por este meio é bem maior do que por qualquer outro meio. No entanto, alguns cuidados básicos devem ser tomados quando se trata da informatização de alunos dentro das escolas. É indispensável, para este fim, uma capacitação adequada dos educadores, a instalação de equipamentos com softwares educativos, o acompanhamento de pedagogos e, principalmente, a conscientização dos usuários.

Para avaliar se estes pré-requisitos estão acontecendo de maneira satisfatória, é realizado um exame internacional, com periodicidade de 3 anos, chamado Pisa, baseado no Censo Escolar e envolve alunos de escolas particulares e públicas de todas as regiões do país.

2 . Informatização nas escolas brasileiras

É papel do ensino capacitar o indivíduo para a vida e foi com este intuito que se deu início ao programa de informatização das escolas. Mas o uso da internet traz alguns perigos uma vez que a gama de informações é extremamente grande e se não houver pessoas com capacidade de orientar o recebimento destas informações, o programa apresentará muitas desvantagens. Deve-se ter em mente que se tratam de crianças e adolescentes e, por este motivo, não possuem maturidade suficiente para discernir o que é útil do que não é. O professor, então, age como um filtro.

Como cita Luiz Henrique Corrêa Quemel em O Popular Online de 28 de julho de 1999, a França, em 1980, massificou a tecnologia da informação nas escolas sem discutir se o objetivo era ensinar informática ou por meio da informática. O resultado foi desastroso: aparecimento de lammers (pessoas que se acham hackers) que invadiram sites do governo federal; a indução dos adolescentes, por parte dos ”mercenários da web”, para participarem de “testes de fragilidade nos sistemas” com o intuito de espionagem industrial; e, o mais grave deles, as pseudo-agências de modelos que exigiam fotos mais ousadas para avaliação e envolviam as crianças e adolescentes nas redes de pornografia e pedofilia.(QUEMEL, 1999)

Para que problemas como estes não ocorressem em São Paulo, em 1995, Hubert Alquéres, secretário-adjunto da Secretaria Estadual de São Paulo, afirmou em entrevista que havia tomado algumas precauções. Primeiro, capacitou os professores para lidar com as novas tecnologias utilizando o computador como um recurso a mais em suas aulas. Em seguida, selecionou os softwares educativos que iriam apoiar o trabalho dos professores. Por fim, equipou as escolas com laboratórios de informática. Segundo ele, apenas em 1997 foi disponibilizado o acesso à internet por parte dos alunos mas com a participação ativa do professor para direcionar o aprendizado. (http://www.educacional.com.br/entrevistas/entrevista0077)

3. Importância do Pisa

A Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico, a OCDE, pretendia encontrar uma forma de mostrar que computadores e internet estão associados a um melhor desempenho dos alunos nas habilidades que devem ser desenvolvidas na escola, tais como Leitura e Matemática. Para isso, comparou os resultados do Pisa com o acesso dos alunos a computadores e à internet. O Pisa, Programa Internacional de Avaliação dos Alunos, é um exame internacional, com periodicidade de três anos, que avalia e compara o desempenho de jovens de 15 anos nos 31 países-membros da OCDE e seus 11 parceiros, entre eles o Brasil. A base deste exame é o Censo Escolar e envolve alunos de escolas públicas e particulares de todas as regiões do país.

O relatório da OCDE em relação ao Pisa 2000, revelou que o Brasil estava em uma das últimas colocações devido ao grande número de repetências e aos baixíssimos níveis de informatização das nossas escolas. O governo, então, atacou estes problemas a fim de aumentar o desempenho dos alunos. Em 2003, quando o exame foi realizado novamente, os alunos foram agrupados em 4 categorias segundo os seus indicadores de bens econômicos, sociais e culturais para que ficasse evidente a influência do computador no desempenho dos alunos. Novamente, o relatório da OCDE colocou o Brasil no penúltimo lugar na quantidade de computadores por alunos entre os países avaliados (Tabela 1) e em último lugar na disponibilidade de softwares educativos para alunos (Tabela 2).

Observe os dados nas tabelas abaixo:

Quantidade de computadores por aluno

0
0,02
0,04
0,06
0,08
0,1
0,12
0,14
0,16
OCDE









BRASIL









Fonte: Adaptado de http://blog.educacional.com.br (OCDE, 2005, tab. 2.4)
Tabela 1 – Comparação da quantidade de computadores disponíveis para cada aluno no Brasil e na OCDE

Percentual dos jovens de 15 anos matriculados em escola que tem acesso a computador em casa

0
5
10
15
20
25
30
35
40
45
50
55
60
65
70
75
80
85
90
95
SUPERIOR*




















SEGUNDO*




















TERCEIRO*




















INFERIOR*





















SUPERIOR*




















SEGUNDO*




















TERCEIRO*




















INFERIOR*




















*Quartos da população por índice de status econômico, social e cultural
Fonte: Adaptado de http://blog.educacional.com.br (OCDE, 2005, tab. 2.3b)
Tabela 2 – Percentual de alunos que tem acesso a computador em casa

4 – Referências

Relatório do OECD. Como melhorar o desempenho dos alunos investindo em tecnologia? Disponível em: http://blog.educacional.com.br/default_imprimir.asp?idpost=70286&idBLOG=15409&... Acesso em: 10/7/2009

QUEMEL, Luiz Henrique Corrêa. A informática nas escolas. Goiânia, GO: O Popular online, suplemento semanal, 28 de julho de 1999. Disponível em: http://www.consultoriadomestica.com.br/artigos/infoescola.html Acesso em: 15/7/2009

ALQUÉRES, Hubert. Informatização, sim, mas sem deixar de lado o professor. Disponível em: http://www.educacional.com.br/entrevistas/entrevista0077 Acesso em: 11/7/2009